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FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA, PÓS GRADUADA EM PSICOPEDAGOGIA.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O QUE É HIPERTEXTO

Hipertexto é um texto digital interativo formado por cadeias, onde é possível acessar um leque de informações, imagens e sons.
O texto que é colocado na internet é criado através de uma linguagem codificada (HTLML). Composto por palavras e/ou frases que estão sublinhadas e são apelidadas de ligações (links) que quando se clica nelas conduzem a outros sítios (sites), através deles pode-se "navegar" dentro de um documento, de um ponto para outro ponto de interesse.
Esta forma de texto foi criada há décadas por Ted Nelson, mais precisamente nos anos de 1960, e teve como influência o pensador francês Roland Barthes. O termo estabelece um novo tipo de documento eletrônico próprio da nova era digital, uma nova forma de escrita capaz de elaborar e produzir documentos interativos.
Permite ao leitor mover-se facilmente entre os vários documentos, dessa forma amplia a aquisição de conhecimento sobre o texto, bem como o acesso a outros temas. Alguns sites de pesquisas são apresentados nessa linha é o caso do Wikipédia, que nos fornece essas facilidades, além de encontrarmos tema específicos, podemos observar imagens além de biografias, significados e/ou retornar ao texto.
Foi muito bem associado por alguns autores a mente humana, ou seja, são cadeias/blocos que desencadeiam informações intrínsecas ao texto relacionado.
O sistema de hipertexto atualmente é mais conhecido como World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.
Em fim, esta nova forma de escrita traz vários benefícios dentre tantos os principais são: intertextualidade, velocidade, precisão, dinamismo, interatividade, acessibilidade, estrutura em rede, transitoriedade e organização multilinear.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Brasil superando metas na educação

01/07/2010 15h10 - Atualizado em 01/07/2010 16h18
Pela 2ª vez, Brasil supera metas da educação básica
Saem dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Ensino médio tem avanço baixo em comparação com fundamental.
Iara Lemos e Fernanda Nogueira
Do G1, em São Paulo

imprimir O Brasil superou as metas na educação propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para serem alcançadas em 2009, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta quinta-feira (1º). O resultado repete o desempenho de 2007, quando as metas estipuladas pelo governo também foram ultrapassadas. Apesar do avanço, o ensino médio continua mostrando desempenho baixo em relação ao ensino fundamental.

A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.

A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

Em 2009, os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental tiveram 4,6 pontos. A meta era de 4,2. Em 2005, esses alunos tiveram 3,8 pontos. Em 2007, tiveram 4,2 contra meta de 3,9. Estudantes dos anos finais do ensino fundamental tiveram 4 pontos em 2009. A meta era de 3,7. Em 2005, a nota foi de 3,5. Em 2007, o índice foi de 3,8 contra meta de 3,5.

Alunos do ensino médio têm o pior desempenho e crescem no ritmo mais baixo. Em 2009, tiveram 3,6 e a meta era de 3,5. Em 2005, a nota foi de 3,4. Em 2007, o índice foi de 3,5 e a meta era de 3,4.


(Arte/G1)"Vínhamos de um período de recessão na educação. Em 2001, tivemos o pior momento das crianças em matemática e língua portuguesa. Então, conseguimos ter uma arrancada mais forte nos anos iniciais que vai se propagando ao longo do tempo. Os que hoje estão vivendo os anos finais são os que viveram os anos iniciais há anos. Por isso, a curva dos anos iniciais começa bastante inclinada e tende a perder a curvatura até convergir para a nota 6 em 2021. Por isso, o vigor dos anos iniciais pode ser melhor que dos níveis médios. Se as projeções do Inep forem mantidas, vamos ver um crescimento um pouco mais forte nos níveis finais. É isso que está previsto no modelo do Inep", disse o ministro Fernando Haddad.

O objetivo estabelecido pelo MEC quando criou o índice, em 2007, foi que todas as séries atinjam níveis educacionais de países desenvolvidos até a divulgação do índice em 2022. As metas, que fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) é chegar a 6 pontos; para alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) é de 5,5 pontos e para o ensino médio é de 5,2 pontos. A escala vai de 0 a 10.

Segundo o resultado do Ideb divulgado pelo MEC, as melhorias no índice foram motivadas, principalmente, por desempenho melhor na Prova Brasil no ensino fundamental. No ensino médio, porém, houve um crescimento do rendimento escolar e uma piora no desempenho na Prova Brasil.

Sobre uma possível antecipação das metas, Haddad prefere ser cauteloso. "Em caso dos anos iniciais, o ritmo está tão forte que o índice poderia ser até antecipado. Não é recomendado. Vamos manter esse passo e esperar o próximo resultado da Prova Brasil. Se em 2012 houver a confirmação de que a consistência se renova, poderemos projetar a antecipação", afirmou.

De acordo com o MEC, os dados estaduais do Ideb devem ser divulgados na próxima semana.

IDEB -ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Ideb sobe para 4,6 e aponta melhoria na educação pública


Agência Brasil

Publicação: 01/07/2010 15:30

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) subiu de 4,2 pontos em 2007 para 4,6 em 2009, segundo divulgou hoje (1°) o Ministério da Educação (MEC). O resultado supera em 0,4 pontos a meta prevista para o ano passado (4,2).

O indicador foi criado em 2005 e funciona como um termômetro da qualidade do ensino público. O Ideb varia de zero a dez e a meta é que o país atinga a nota 6 até 2022.

O índice é aferido a cada dois anos e há metas estabelecidas para cada período. Ele é calculado com base na nota obtida pelos alunos na Prova Brasil e dos índices de reprovação. A meta prevista para as séries iniciais do ensino fundamental em 2009 era 4,2, resultado que já foi atingido em 2007. A nota 4,6 era a meta prevista para 2011.

O Ideb atribui uma nota para cada escola, assim como para as redes municipais e estaduais, que precisam cumprir metas bienais para melhorar a qualidade do ensino. É a partir dessas avaliações que é calculada a média nacional.

O ministério também atribui um Ideb para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Nas séries finais do ensino fundamental, o indicador subiu de 3,8 em 2007 para 4,0 em 2009. A meta para o ano passado era 3,7.

Já no ensino médio, o crescimento foi menor. O Ideb passou de 3,5 em 2007 para 3,6 em 2009. Mas atingiu a meta prevista para o período, que era de 3,5 pontos. Na próxima semana o MEC vai divulgar o Ideb dos estados, municípios e escolas.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

OITO PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

1. Para construir o Projeto Pedagógico (PP) é preciso que direção, professores, funcionários, alunos e pais saibam o que ele significa. Para as escolas que ainda têm dúvidas na elaboração do seu PP, ressaltamos que a leitura e discussão desse artigo pelos professores, no primeiro dia de planejamento, contribuirão para a compreensão do tema.
2. O PP é a intenção de a escola e seus profissionais realizarem um trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus profissionais sobre o que é a escola hoje e o que poderá a vir a ser. Visa inovar a prática pedagógica e elevar a qualidade do ensino.
3. O PP não começa de uma só vez, não nasce pronto. Não é obra exclusiva do diretor, ou do coordenador, mas sim de um grupo que engloba, no início, coordenação, direção e corpo docente. Com o tempo, incluirá todo o coletivo escolar.
4. Durante a construção do PP, os educadores explicitam propósitos, apontam metas e objetivos comuns, vislumbrando caminhos para melhorar a atuação da escola como instituição que tem personalidade por refletir o pensamento do seu coletivo.
5. Na construção do PP, a escola deve levar em conta as práticas e necessidades da comunidade escolar, as diretrizes nacionais e as normas, regulamentos e orientações curriculares e metodológicas do seu sistema.
6. O PP é ao mesmo tempo, um dever e um direito da escola. Deve ser um instrumento democrático, abrangente e duradouro.
7. Os princípios, nos quais se baseia o PP, são: garantia do acesso e permanência, com sucesso, do aluno na escola: gestão democrática; valorização dos profissionais; qualidade do ensino; organização/integração curricular; integração escola/família/comunidade; autonomia. Esses princípios estão interligados: alunos de escolas que contam com a participação dos pais apresentam melhor rendimento e menor taxa de evasão; escolas que se articulam com a comunidade oferecem educação de melhor qualidade. A integração escola/comunidade, por sua vez, será sempre decorrência de uma gestão democrática, ou seja, a abertura e o incentivo proporcionados pela direção, para a participação dos vários segmentos da comunidade na vida escolar. À medida que a escola se democratiza, coloca em discussão com a comunidade o que vem realizando. Disso resulta uma certa autonomia para as ações pedagógicas. Mas, autonomia não é sinônimo de soberania, uma vez que a escola pertence, e se vincula, a um determinado sistema.
8. Há três fases bem definidas na construção do PP:
1ª FASE – DIAGNÓSTICO:
Como é a nossa escola?
• Nessa faze, se levantam informações sobre o trabalho que a escola realiza, sua prática pedagógica. A comunidade escolar vai analisar e debater esses dados, sugerindo medidas para alterações.
• O que fazer?
Nesta faze, a escola coletará dados sobre sua realidade, e irá analisá-los, do ponto de vista qualitativo e quantitativo: os que significam dificuldades e os que representam sucesso.
• Como fazer?
A partir do trabalho que a escola realiza, seus membros farão uma série de questionamentos:
- Como é o contexto sócio-político-econômico da escola?
- Qual é a função da escola?
- Como tem sido a participação dos pais na vida da escola?
- Que resultados a escola apresenta para a sociedade?
- Como a escola considera os alunos, na relação ensino-aprendizagem?

Na fase do diagnóstico, a escola identifica os recursos humanos e financeiros disponíveis. É preciso saber como a escola funciona, como acompanha e avalia o processo pedagógico. Muitas vezes, a escola está fragilizada por culpa de uma gestão inadequada; outras vezes, por falta de recursos; outras ainda, por falta ou despreparo dos profissionais. À medida que se coletam informações, para conhecer os problemas, também se encontrando soluções para eles.
Ao se conhecer as pessoas e o funcionamento da escola, começa-se a observar que há em cada segmento escolar (professores, funcionários, alunos, pais) o desejo de mudar algo, para melhorar o desempenho da escola . Os serventes gostariam que ela fosse mais limpa; os funcionários da secretaria, que a documentação estivesse em ordem; os professores, que houvesse mais disciplina e melhor organização, facilitando o trabalho em sala de aula. Como todos desejam alguma coisa, falta apenas articular esses desejos, para construir uma proposta de mudança dos rumos da escola.
O diagnóstico da escola será feito, considerando-se os seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e jurídicos.
As estratégias para esses diagnóstico variam, de acordo com a realidade década escola. Sugere-se: análise da evolução das matrículas; índices de aprovação, reprovação e evasão, situação sócio-econômica das famílias; análise e interpretação de avaliações externas- Saresp, Saeb, Enem; análise de estudos sobre a situação da educação básica; ciclos de debates com a comunidade, destacando-se a realidade de cada escola.

2ª FASE – QUE IDENTIDADE A ESCOLA QUER CONSTRUIR?

Após avaliar-se, a escola precisa buscar uma fundamentação que oriente a ação conjunta dos seus segmentos. A prática precisa estar sustentada em uma teoria.
O que fazer?
Nessa fase, será fundamental levantar as concepções que o coletivo tem do trabalho pedagógico, para propor inovações no cotidiano escolar. É preciso conhecer o que cada segmento pensa a respeito da educação, a fim de estabelecer uma linha de ação prioritária.
Como fazer?
Fazer sempre pelo questionamento de todos a respeito de suas concepções: Que tipo de sociedade a escola quer? Que cidadão deseja formar? O que se entende por educação? Que escola se quer construir? Como se concebe a gestão escolar? Qual a compreensão de currículo? Qual será a missão da escola?Qual a visão sobre avaliação? Como a escola encara a questão metodológica? Que tipo de relação à escola quer manter com a comunidade local? Que tipo de profissional tem e qual quer? De que profissionais precisa? Das respostas a essas questões resultará um posicionamento político-pedagógico, que levará a uma definição das concepções e ações a serem compartilhadas. Portanto, a identidade, a “cara” da escola, resultará dessas concepções, o que, unificará o trabalho do coletivo.

3º FASE- COMO EXECUTAR AS AÇÕES DEFINIDAS PELO COLETIVO?
Uma vez estabelecidas às concepções do coletivo, é preciso definir: as prioridades da escola; irá desenvolver; as pessoas que irão realizá-las.
É nessa fase que a escola irá definir a maneira pela qual superará os desafios do seu cotidiano, discutindo e aproveitando as propostas dos participantes. É necessário identificar os segmentos que vão realizar as ações que representam o desejo do coletivo muitas dessas ações, de cunho pedagógico serão realizadas pela direção, coordenação e corpo docente. Outra questão importante nesta fase é saber se as soluções apontadas são criativa, realistas, e se serão capazes de superar as dificuldades identificadas pelo coletivo.

MAIS SEIS PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

(...) Antes de tudo é preciso lembrar que o Projeto Pedagógico de uma escola exige avaliação permanente, para garantia de seu sucesso. É essa avaliação que vai identificar os rumos que a escola vem tomando. Ao se considerar as diversas funções da avaliação, seria interessante responder as seguintes indagações: em que medidas os desafios são atendidos, no Projeto Pedagógico? Quais os novos desafios que estão surgindo no percurso? As ações propostas foram desenvolvidas? Quais são os seus efeitos? Também será importante definir formas claras de acompanhamento e avaliação das ações, assim como os seguimentos que ficarão responsáveis por elas.

O acompanhamento do Projeto Pedagógico deverá ter por base os dados obtidos, permitindo à escola análise dos resultados de seus esforços, fazendo que eventuais problemas possam ser resolvidos, enquanto ainda é tempo de resolvê-los.

Assim, as três perguntas que guiaram toda a discussão: Como é a nossa escola? Que identidade nossa escola quer construir? Como executar as ações definidas pelo coletivo? – são orientadoras do Projeto Pedagógico e devem ser objeto do processo de avaliação.

1. Articulação do Projeto com a prática pedagógica
Até determinado momento, os profissionais envolvidos com o Projeto Pedagógico observam que o coletivo mergulhou numa série de questionamentos, com vistas à mudança de rumo na unidade escolar. Após esta etapa, esses questionamentos servirão de base para a organização pedagógica da escola.
A escola pública necessita de uma gestão que, partindo da construção do Projeto Pedagógico, crie condições para que ela possa alcançar sua finalidade, concretizando sua função social: a promoção da cidadania e o desenvolvimento pleno e o sucesso dos alunos. Para que isso seja possível, a escola necessita de um planejamento que organize seu trabalho e sua prática pedagógica, de modo que as ações implementadas se articulem, promovendo uma educação de qualidade, conforme o proposto, pelo coletivo, no Projeto Pedagógico.

2. Revendo o cotidiano escolar
No tempo em que não se falava da construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento caracterizava-se por uma atividade quase burocrática: a elaboração dos programas que cada professor iria desenvolver ao longo do ano. A partir do momento em que as escolas se voltaram para a construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento passou a incluir uma profunda reflexão na montagem dos conteúdos programáticos.

Assim, é preciso termos clareza de que a relação entre o Projeto Pedagógico e o Planejamento é bem próxima, embora tenham eles significados distintos:
• O Projeto Pedagógico busca a construção da identidade da escola; estabelece seu direcionamento; almeja o comprometimento da comunidade escolar com uma visão comum e compartilhada de educação. É, portanto, o norteador de todas as práticas da escola.
• O Planejamento é o processo de uma ação organizada que pretende transformar a escola. Ele tem diferentes abordagens em diferentes partes do país. No sistema escolar público do Estado de São Paulo, recebe a denominação de Plano de Gestão.

3. A função social
Para que a gestão do trabalho na escola pública ocorra de forma organizada, é necessário ter clareza da sua função social, da sua missão, dos objetivos estratégicos que precisam ser desenvolvidos, a fim de que os planos de ação assegurem o sucesso da escola. Algumas definições:

Missão: define o que a escola é hoje, seu propósito, e como pretende atuar no seu dia-a-dia. Sintetiza a identidade da escola, sua função social orientando a tomada de decisões e garantindo a unidade e o comprometimento de todos na ação pedagógica. Por exemplo: a escola tem por missão um ensino de qualidade, garantindo o acesso e permanência dos alunos, formando cidadãos críticos e participantes, capazes de agir para transformar a sociedade.

Objetivos estratégicos: são situações que a escola pretende atingir num certo prazo. Indicam áreas nas quais a escola concentrará suas preocupações e refletem suas prioridades. Representam a escola que temos e definem a escola que queremos construir: melhorando e fortalecendo o relacionamento escola/comunidade: diminuindo o índice geral de reprovação e evasão: promovendo a qualificação dos professores e funcionários; incentivando a convivência democrática na escola.

A partir da missão e dos objetivos estratégicos definidos pela comunidade escolar, é preciso elaborar o Plano de Ação.

Plano de Ação: é documento que apresenta a forma de operacionalização e de implementação das ações planejadas. Deve conter, no mínimo, as metas ou objetivos específicos, a justificativa, as ações ou estratégias de ações, os responsáveis pela implementação das ações, o período em que elas vão acontecer e os recursos materiais e humanos necessários para a execução dessas ações ou estratégias: o que fazer? Por que fazer? Como fazer? Quem vai fazer? Quando? Com que fazer?

Metas: explicitam os resultados que a escola espera obter após a implementação das ações. Podem ser mensuradas e vinculadas a um determinado período de tempo. Por exemplo, aumentar em 20%, até o fim do ano, o índice de aprovação dos alunos da 5ª série. Pode haver mais de uma meta para alcançar um objetivo estratégico. Exemplo: objetivo estratégico: fortalecer a participação dos pais na escola.
Meta 1: promover pelo menos duas atividades esportivas com o pais das oitavas séries: Meta 2: desenvolver pelo menos uma ação pedagógica com pais das primeiras séries do ensino fundamental.


4. O envolvimento de todos
A construção e a implementação dos planos de ação devem ser compartilhados por todos os seguimentos da escola. Nem todos farão tudo, mas é importante que todos tenham acesso às informações sobre o planejamento e o acompanhamento das ações, evitando-se que alguns pensem e outros façam, sem saber por que o fazem.

5. Relação do Projeto Pedagógico com o Regimento Escolar
As escolas trabalham com grupos heterogêneos. Muitas vezes, a convivência entre os participantes fica comprometida, em decorrência de uma série de mal-entendidos. Por isso, é necessário que as normas sejam muito bem definidas pelo coletivo. A materialização dessas normas constitui o Regimento Escolar, cujas diretrizes encontram-se no Projeto Pedagógico.

O cotidiano escolar apresenta, às vezes, situações conflitantes, que se repetem, e que demandam decisões rápidas. O Regimento Escolar é o instrumento que permite à equipe gestora tomar essas decisões, com base nos princípios e normas estabelecidas pelo grupo. Para que o Regimento favoreça essas ações, é necessário que, na elaboração do PP, os problemas do cotidiano sejam abordados. Por exemplo, na questão da disciplina, o Regimento estabelece os direitos e os deveres de todos os segmentos.
No entanto, na maioria das vezes, as penalidades são aplicadas apenas aos alunos: o aluno que chega atrasado é punido, o que nem sempre acontece com um professor na mesma situação.

6. Relação do Projeto com a prática pedagógica

A prática pedagógica remete à elaboração do currículo, ao conhecimento selecionado e organizado socialmente, peças fundamentais no processo de aprendizagem. Por isso, é preciso responder às seguintes perguntas: Para quem são selecionados os conteúdos? A quem interessam os conteúdos secionados? Por que alguns conteúdos são selecionados, e os outros, não? Quem seleciona esses conteúdos?

Conclusão

A construção do Projeto Pedagógico é um processo que compreende três momentos distintos e interligados:
a) Diagnóstico da realidade da escola;
b) Identidade da escola, decorrente do levantamento das concepções do coletivo;
c) Programação das ações a serem desenvolvidas pelo coletivo.
Todos esses momentos passam por um processo de avaliação, o que permite ao grupo caminhar do real para o ideal, desenvolvendo ações possíveis e pertinentes.

Nossa pergunta inicial, “por que construir coletivamente o projeto Pedagógico?”, sempre terá que ser feita, para que as ações não se tornem um mero cumprimento de tarefas.

Este trabalho tomou como base o MODELO III,
da coleção Progestão, do Consed, produzido por
José Vieira de Souza e Juliana Corrêa Marçal.

(Gestão em Rede- setembro 2009 - Nº 96, 97;
Consed- Conselho Nacional de Secretários de Educação).